domingo, 6 de setembro de 2009

Histórico: quando, onde e como se desenvolveu

Histórico: quando, onde e como se desenvolveu.


A literatura de cordel é uma manifestação cultural na qual por meio da escrita, são transmitidas as cantigas, os poemas, e as histórias do povo, contadas pelo povo.
As primeiras manifestações da literatura popular no ocidente ocorreram por volta do século XII. No Sul da França peregrinos partiram em direção à Palestina; no norte da Itália, para chegar à Roma e ainda a Galícia. Nesses encontros, de forma muito primitiva, eram transmitidas as histórias e compostos os primeiros versos. Assim surgiram os primeiros núcleos da cultura regional que se espalharam pela Europa e, posteriormente pela América. Na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a literatura de cordel já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI. Na Península a literatura de cordel recebeu os nomes de "pliegos sueltos" (Espanha) e "folhas soltas" ou "volantes" (Portugal).


No Brasil a literatura de cordel chegou no século XVIII, através dos portugueses. A literatura de cordel chegou no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste. A pergunta que mais inquieta e intriga os nossos pesquisadores é "Por que exatamente no nordeste?". A resposta não está distante do raciocínio livre nem dos domínios da razão. Como é sabido, a primeira capital da nação foi Salvador, ponto de convergência natural de todas as culturas, permanecendo assim até 1763, quando foi transferida para o Rio de Janeiro.

Florescente, principalmente, na área que se estende da Bahia ao Maranhão é maravilhosa manifestação da inteligência brasileira.

Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente no nordeste brasileiro. Uma das regiões de colonização mais antiga do Brasil, que mescla melhor as heranças indígenas, africana e européia. O folclore está presente no artesanato, no teatro (autos populares), na música, na dança e na literatura de cordel. Ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.


04Jul2009 - JOÃO GOMES DE SÁ - Cordel: Salário Mínimo
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FRAGMENTOS DO 1º ENCONTRO DA CARAVANA DO CORDEL SÃO PAULO - SP - 04/07/2009 ... caravana cordel literatura costa senna marco haurelio caca lopes varneci nascimento joao gomes sa ...
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22Ago2009 - Videoclipe Caravana nO Autor
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e artistas convidados - Espaço Plínio Marcos - Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto - Pinheiros - São Paulo - SP - 22/08/2009 ... caravana cordel literatura costa ...
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22Ago2009 - Edson Lima
video.tiscali.it
Combate à Corrupção Eleitoral (Teo Azevedo) O Autor na Praça recebe a Caravana do Cordel Praça Benedito Calixto, São Paulo, SP - 22/08/2009 ... caravana cordel literatura ...
video.tiscali.it





Casal nordestino

http://mluciasilva.wordpress.com/2009/03/20/hello-world/



De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores.

Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia.

Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres e morte de personalidades.






http://www.ablc.cm.br/




Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público.







Em plenária, na ABLC, o repentista Miguel Bezerra apresenta a música na literatura de Cordel






Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Leandro foi considerado por Carlos Drummond de Andrade maior que Olabo Bilac. Ele é tão importante para o CORDEL quanto Machado de Assis é para a literatura Brasileira.

http://mundocordel.blogspot.com/2008/03/leandro-gomes-de-barros.html

http://www.camarabrasileira.com/cordel77.htm



Mais recentes, podemos citar os poetas José Alves Sobrinho, Homero do Rego Barros, Patativa do Assaré

(Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.Vários escritores foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.


Carlos Drummond de Andrade também participa da literatura de cordel, com a "Estória de João e Joana" que posteriromente foi musica pelo compositor Sérgio Ricardo.
http://www.releituras.com/i_ciro_drummond.asp


www.ablc.com.br


(postado por Marina n°24, 6ªD)

3 comentários:

  1. O nordeste brasileiro realmente nos traz muitas riquezas, retrata a diversidade de nossa cultura. Como vc disse aqui manifestação da inteligência do nosso povo. Amei!

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  2. isso era extamente o que eu queria pesquisei em outros sites e nao tinha nada disso!!

    Obrigada!!
    vcs salvaram a mina vida!!

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  3. Cadê o Homero do Rego Barros??????
    :@

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