terça-feira, 8 de setembro de 2009
domingo, 6 de setembro de 2009
Portal para o Cordel
Autores: Alessandra G. n°01; Iris S. n°10; Isabella M. n°11; Letícia A. n°15; Letícia P. n°16; Marina K. n°24; Talita S. n°30.
Personagens/fantoches:
O espantalho politizado = Marina K. n°24.
A bruxa compulsiva por compras (TOC) = Isabella M. n°11.
O leão comilão = Letícia A. n°15.
O mágico atrapalhado = Letícia P. n°16.
A princesa envolvida em obras sociais = Iris S. n°10.
A garotinha brincalhona = Talita S. n°30.
O homem de lata esportista = Alessandra G. n°01.
História:
Todos querem passar para uma nova dimensão (portal) e devem explicar o que buscam no portal.
Introdução = Marina
Portal para o cordel
Todos querem passar
Para uma nova dimensão
E precisam justificar
A sua contribuição...
Vou narrar para vocês
A história do portal
Tenho certeza freguês
Vai achar fenomenal,
E se quiser criticar
No final é só falar.
Cada um com sua história
Vai procurar na memória
Um motivo genial
Para passar no portal.
Espantalho = Marina
Eu sou o espantalho
Adoro ficar no orvalho,
Na verdade quero ir
Para poder contribuir
Para espantar bem de lá,
A vida de marajá
Dos políticos safados
Que estamos cansados,
De tanto ouvir falar
“Sem nada a declarar”
Quero então lhes lembrar
Que na hora de votar,
Com tantos fatos então
Os políticos de plantão
Encontrarão a punição
E você bruxa faceira
O que tem nessa frasqueira...
Bruxa Fashionilda = Isabella
Uma bruxa do oeste sou,
Que saiu de seu castelo
E até este portal voou,
Pelo caminho amarelo
E eis que cá estou
Em busca de novidade
Para levar à minha cidade
De comprólatra sou taxada
E venho por essa estrada
Toda cheia de animação
Procurando uma promoção.
Quero novas poções
E algumas roupas e sapatos.
Sempre busco nas liquidações
Os preços mais baratos.
Pois sou uma bruxa esperta
Em busca da melhor oferta.
Procuro neste portal
Um lugar genial
Pra uma compra bacana
Sem gastar muita grana.
Procuro bolsa Louis Vuilton
E óculos da Prada
Da Chanel quero o batom
Pra ficar alinhada
Também vou comprar
Um feitiço de transmutar.
Em Oz, onde moro
Contra a feiúra laboro
Faço encantos com presteza
Sempre a favor da beleza.
E você Leão João
Que procuras então?
Leão comilão = Letícia A
Sou o leão João
Não hesito em comer pão
Com mortadela ou presunto
Comer é meu assunto
Comer não é difícil,
Na verdade é meu ofício
Sei que nele levo jeito
Mas faço esse sacrifício
Pronto, esta feito
Não passei na faculdade
Não gosto de dificuldade
A minha prova comi
Só para me divertir
Gosto do ano novo e do natal
Quando a comida é especial
Tem porco e sete uvas
Mesmo em período de chuvas
Não sigam meu exemplo
Sou um leão barrigudo
Tem comida lá dentro?
Nosso portal tá com tudo
E você homem sarado
Que adora ficar malhado
O que acha legal
Para o nosso portal...
Homem de lata = Alessandra
Trago muito ofício
Para quem não gosta de exercício,
E muita dedicação
Na hora da musculação
Andar de bicicleta
Faz você ficar ereta,
Vamos todos malhar
Para saúde gozar,
Com todos se mexendo
Nada de ficar só comendo
Natação, futebol ou basquete
Vamos fazer uma enquete
Seja qual for sua preferência
Vamos ter paciência
Prometo contribuir
Para tudo fluir
Na hora da preguiça
Nada de comer lingüiça
Nem de ficar parada
Tomando abacatada
É hora de se mexer
E tudo vai florescer
O esporte e o lazer
Fazem você crescer
E a lição aprender
E agora nossa princesinha
Quer dizer uma coisinha...
Sou a princesa Gertrudes
Talvez com algumas virtudes,
Mas o que me faz chorar
É ver um sorriso no olhar,
Daqueles que nada tem
Quando a escola vem,
Pois levar educação
É a minha missão...
E você fique atento
E não olhando pro vento
Pois além da educação
Também é necessária
Uma boa refeição,
Merenda escolar
É para saborear,
Estudar e brincar
Só depois de merendar.
E você doce menina danada
Quer tomar uma bananada?
Ha! Ha! Ha!, sou Dorothy,
A menina brincalhona
Que com tudo se emociona.
Neste mundo de injustiça
O que menos me enfeitiça
É olhar tanta pobreza
Sendo tratada com frieza.
Sem nada por fazer
Eu sou um pequeno ser
Sem poderes de conduta
Apesar de minha luta.
Penso nisso todo dia
Em levar muita alegria
Pra esse povo tão sofrido,
Rejeitado e esquecido.
Vai pra igreja se apegar
Pedindo a Deus pra lhe ajudar.
Mas vem um bispo charlatão
Que só pensa no cifrão
E esse povo tão sofrido
Acredita no bandido.
Pobrezinho do coitado
É iludido e enganado
Sem nenhum tostão furado
Entrega o pouco que ele tem,
Vai pra casa chateado
Vê seu lar desmantelado
Sem ter como ir além.
Pra pobreza ter um fim
Todos vão agir assim
Ajudar seu semelhante
Pra mudar o seu semblante.
E agora pessoal
Vou dizer o mais legal
Tristeza e melancolia
Nunca mais neste portal.
E você mágico gabola
O que tem nesta cartola?
Mágico = Letícia P
Meu nome é Pacífico
O mágico magnífico
Tudo o que propuseram
Ofereço uma porção:
Justiça, lazer, educação,
Esporte e saúde de montão
Além da diversão
Tenho algumas virtudes,
Mas as minhas atitudes
Quase nunca dão certo
Pois não sou muito esperto
Vim aqui justificar
Porque pelo portal devem passar
Pois ofereço diversão e muita animação...
Como irão brincar?
Sem ninguém para animar?
Os palhaços e crianças
Serão a única esperança
De sorrir e divertir
Os que nunca vão dormir
Um feitiço vou usar
Para pelo portal passar
Para vossa felicidade
Todos os sonhos serão realidade
1, 2, 3 pelo portal passarão de uma vez....
Marina
O mágico atrapalhado
No final fez tudo errado
Pois o feitiço errou
E pelo portal ninguém passou....
Literatura de Cordel
O que é?
A literatura de cordel, tanto pela sua parte poética, como pela arte da xilogravura, é considerada uma das mais interessantes expressões da arte brasileira.
A literatura de Cordel são folhetos ilustrados com o processo de xilogravura e escritos geralmente em versos (sextilhas, septilhas ou décimas), que se parecem poesias e que contam histórias diversas. Podem falar de eventos importantes, pessoas conhecidas, historinhas de amor, dramas, aventuras, fantasia, ou qualquer coisa que vier à cabeça do artista. Portanto, a literatura de cordel pode ser resumida como poesia narrativa, popular e impressa.
Ganhou este nome porque, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas. Herdamos o nome (embora a maioria chame esta manifestação de folheto), mas a tradição do barbante não perpetuou. Ou seja, o folheto brasileiro pode ou não estar ou não exposto em barbantes.
Folhetos expostos amarrados em cordões
O sucesso do Cordel ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles, e também por retratarem fatos da vida cotidiana, da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades, etc. tendo, muitas vezes, função jornalística a respeito destes assuntos.
Geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Como é uma manifestação muito mais cultural do que intelectual, destaca-se em regiões onde a cultura é mais valorizada. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e Bahia, onde os exemplares têm larga tiragem e são vendidos nas feiras populares.
Atualmente, esta manifestação popular pode ser encontrada em diversos pontos do país e não só nas feiras do Nordeste, sempre incentivada pelas comunidades nordestinas.
Em algumas situações, estes poemas são acompanhados de violas e recitados em praças com a presença do público, porém "Cordel" é diferente de "Repente".
Para saber mais sobre a métrica dos cordéis:
Link;
Métricas do Cordel
http://www.ablc.com.br/index.htm
O que é?
“Há que junto com o cordel
http://blog.teatrodope.com.br/2007/05/09/literatura-de-cordel-xilogravura-temas-e-ensino/
A palavra xilogravura veio do grego: “xilon” significa madeira e “grafus” significa gravar.
A xilogravura é um processo de gravação em relevo que utiliza a madeira como matriz e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro produto qualquer, como por exemplo, tecidos.
Para fazer uma xilogravura é preciso uma prancha de madeira e ferramentas de corte, com as quais se cava a madeira de acordo com o desenho planejado. É uma técnica simples e barata bastante utilizada nas ilustrações das capas dos folhetos de cordel. Os gravadores nordestinos fabricam suas próprias ferramentas de corte com instrumentos improvisados, como pregos e varetas de guarda-chuva, por exemplo, para conseguirem diferentes efeitos.
Nas xilogravuras, ou "tacos”, como ainda hoje preferem chamar os artistas populares, usa-se madeiras leves, como umburana, pinho, cedro e cajá. O gravador Dila foi o primeiro a usar matrizes de borracha vulcanizada, inaugurando assim a linogravura do cordel (feitas com linóleo: um material usado em pisos).
Na xilogravura, as áreas cavadas não recebem tinta e a imagem vista na madeira sai espelhada na impressão; se houverem textos, gravam-se as letras ao contrário, semelhante a um carimbo.
Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta que é espalhada com a ajuda de um rolinho de borracha. Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de papel sobre a prancha previamente passada na tinta e fazer pressão manualmente ou com a ajuda de uma prensa.
Impressão manual
http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2006/espaco71set/atualiza/notas.htm
O cordel antigo não trazia xilogravuras. Os editores dos livretos decoravam as capas para torná-las mais atraentes, chamando a atenção do público para a história narrada. Suas capas eram ilustradas apenas com vinhetas, ou seja, pobres arabescos usados nas pequenas tipografias do interior nordestino. A xilogravura, como ilustração, feita sob encomenda para determinado título, nasceu da necessidade de substituir os clichês de filmes já gastos. Por isso não é difícil encontrar xilogravuras de capa de cordel imitando desenhos e fotografias de clichês. Apenas na década de trinta, surgiram folhetos trazendo nas capas clichês de artistas de cinema, fotos de postais, retratos de Padre Cícero e Lampião. A xilogravura popular nordestina ganhou fama pela qualidade e originalidade de seus artistas.
Curiosidade
Matéria publicada no Diário do Nordeste:
"100 anos depois, artistas-xilógrafos continuam sendo formados na arte de ilustrar o cordel. Juazeiro do Norte, o grande celeiro do Brasil. De hoje a sexta-feira, acontece, no município, o seminário ‘100 anos da xilogravura ilustrando o cordel”. Para quem decretou a morte desse ofício nos anos 60, no advento da indústria cultural dos frankfurtianos, não pensava no volume de pesquisas em torno do assunto a se lançar. Novas linguagens para traduzir o mundo e os seus encantos. Mas continua no papel jornal a linha da trova, desde os inícios, com a oralidade e também o rebuscamento da arte na matriz da umburana.O cordel ilustrado com uma xilogravura, escrito por Francisco das Chagas Batista, em 1907, com “A História de Antônio Silvino”, marca o centenário. A autoria da xilo é desconhecida, mas o professor da Universidade de Brasília (UnB), em Sociologia do Conhecimento, Geová Sobreira, destaca os traços primorosamente trabalhados, com finos detalhes de acabamento, riscos delicados e profundos."
Histórico: quando, onde e como se desenvolveu
A literatura de cordel é uma manifestação cultural na qual por meio da escrita, são transmitidas as cantigas, os poemas, e as histórias do povo, contadas pelo povo.
As primeiras manifestações da literatura popular no ocidente ocorreram por volta do século XII. No Sul da França peregrinos partiram em direção à Palestina; no norte da Itália, para chegar à Roma e ainda a Galícia. Nesses encontros, de forma muito primitiva, eram transmitidas as histórias e compostos os primeiros versos. Assim surgiram os primeiros núcleos da cultura regional que se espalharam pela Europa e, posteriormente pela América. Na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a literatura de cordel já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI. Na Península a literatura de cordel recebeu os nomes de "pliegos sueltos" (Espanha) e "folhas soltas" ou "volantes" (Portugal).
04Jul2009 - JOÃO GOMES DE SÁ - Cordel: Salário Mínimo
youtube.com
FRAGMENTOS DO 1º ENCONTRO DA CARAVANA DO CORDEL SÃO PAULO - SP - 04/07/2009 ... caravana cordel literatura costa senna marco haurelio caca lopes varneci nascimento joao gomes sa ...
youtube.com
22Ago2009 - Videoclipe Caravana nO Autor
youtube.com
e artistas convidados - Espaço Plínio Marcos - Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto - Pinheiros - São Paulo - SP - 22/08/2009 ... caravana cordel literatura costa ...
youtube.com
22Ago2009 - Edson Lima
video.tiscali.it
Combate à Corrupção Eleitoral (Teo Azevedo) O Autor na Praça recebe a Caravana do Cordel Praça Benedito Calixto, São Paulo, SP - 22/08/2009 ... caravana cordel literatura ...
video.tiscali.it
http://mluciasilva.wordpress.com/2009/03/20/hello-world/
De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores.
http://www.ablc.cm.br/
Um dos poetas da literatura de cordel que fez mais sucesso até hoje foi Leandro Gomes de Barros (1865-1918). Acredita-se que ele tenha escrito mais de mil folhetos. Leandro foi considerado por Carlos Drummond de Andrade maior que Olabo Bilac. Ele é tão importante para o CORDEL quanto Machado de Assis é para a literatura Brasileira.
http://mundocordel.blogspot.com/2008/03/leandro-gomes-de-barros.html
http://www.camarabrasileira.com/cordel77.htm
(Antônio Gonçalves da Silva), Téo Azevedo. Zé Melancia, Zé Vicente, José Pacheco da Rosa, Gonçalo Ferreira da Silva, Chico Traíra, João de Cristo Rei e Ignácio da Catingueira.Vários escritores foram influenciados pela literatura de cordel. Dentre eles podemos citar: João Cabral de Melo, Ariano Suassuna, José Lins do Rego e Guimarães Rosa.
Carlos Drummond de Andrade também participa da literatura de cordel, com a "Estória de João e Joana" que posteriromente foi musica pelo compositor Sérgio Ricardo.
http://www.releituras.com/i_ciro_drummond.asp
História do cordel através dos versos
O CORDEL: SUA HISTÓRIA, SEUS VALORES
Autores: Marco Haurélio e João Gomes de Sá
No Nordeste brasileiro,
Conservados na memória,
Era esse o tempo das gestas
Dos bardos itinerantes
Foi trazida para a América
Essa poesia foi
Cantada pelos jograis,
E quando começa o ciclo
No Brasil, as tradições
O índio, dono da terra,
As etnias e as crenças
Eis um resumo apressado,
No Brasil colonial
Excertos da tradição
À habitar esta terra.
Já no século XIX,
O grande Gonçalves Dias,
Porém é da pequenina
Leandro Gomes de Barros
Grande poeta satírico
Outro grande pioneiro
Pirauá introduziu
Na cantoria a sextilha,
O Capitão do Navio
Também entre os pioneiros
E Pacífico Pacato
João Melquíades Ferreira
E João Martins de Athayde
E por quase trinta anos
Em Recife, onde Leandro
Porém, antes de Athayde,
Compôs com Leandro a gesta
Chagas Batista, porém,
José Camelo de Melo
A Verdadeira História
Joaquim Batista de Sena
Neste momento voltamos
José Bernardo da Silva,
Zé Bernardo, alagoano
Mesmo no Norte, o cordel
Francisco Lopes, nascido
No Norte editou folhetos
Pois colocou frente a frente
Luís da Costa Pinheiro
Manoel Camilo dos Santos
Em Recife inda surgiu
Poetas dos mais famosos
Severino Borges Silva
Inda é autor dA Princesa
Vamos citar Zé Faustino,
Do imortal Zé Pacheco
Francisco Sales Arêda
Já João Ferreira de Lima
Na Paraíba nascido,
A Luzeiro a quem Almeida
A Tipografia Souza
Com Antônio Teodoro
Teodoro era baiano,
De Alagoas pra Bahia
Organizando congressos,
Citemos Antônio Eugênio,
Cuíca de Santo Amaro
Grande poeta e xilógrafo
Dos xilógrafos que escrevem,
Já João Firmino Cabral,
Desta geração lendária
Em São Paulo Jota Barros
Também Gonçalo Ferreira,
Preside a Academia Brasileira de Cordel –
Filho de Francisco Chagas,
O cordel está presente
Moreira de Acopiara
Da novíssima geração
No Rio, Marcus Lucena
Marcelo Soares deve
Fazendo história na terra
O Evaristo Geraldo
Zé Maria em Fortaleza,
O Rio Grande do Norte
Mas as mulheres também
Duas outras editoras
Já o autor deste folheto
João Gomes, que é da obra
Desde já agradecemos
(postado por Marina n°24, 6ªD)
Ignácio de Loyola Brandão
Ignácio de Loyola Brandão
Ignácio, em 1948, quando cursava o ginásio, escreveu seu primeiro romance num caderno, com o título de “Dias de Glória”.
A folha ferroviária publicou no dia 16 de agosto 1952 uma crítica do filme “Rodolfo Valentino”, primeiro texto de Ignácio. A partir daí, Ignácio escreveu reportagens, críticas de cinema e entrevistas. Em 1953, Ignácio viajou para a Itália, onde pretendia trabalhar como roteirista em Cinecittá.
Em 1956, mudou-se para São Paulo e trabalhou no jornal Última Hora por nove anos. Seu gosto pelo cinema fez com que participasse como figurante de O Pagador De Promessas. No Brasil, começou a escrever o romance “Os imigrantes” com seu amigo José Celso Martines Correa.
Em 1965, lança seu primeiro livro: “Depois do sol” (contos).
Em 1968, ocorre o lançamento do seu primeiro romance: “Bebel que a cidade comeu”. Esse romance foi para o cinema com o roteiro do próprio Ignácio. Também nesse ano recebe um prêmio e sua mãe falece aos 60 anos.
Em 1970, Ignácio casou-se com Maria Beatriz Braga (psicóloga) e trabalhou em mais duas revistas.
Em 1974 escreveu o romance “A inauguração da morte”.
Em 1975 escreveu o livro “Zero” que no ano seguinte recebe o prêmio de melhor ficção que foi censurado em novembro do mesmo ano. Em 1977 Ignácio lança “Cães Danados” (infanto-juvenil). Em 78 escreve “Cubas de Fidel” e no ano seguinte o livro “Zero” é liberado da censura.
Em 1981 sai o romance “Não verás país nenhum”.
Em 1984 lança “O verde violentou o muro” e assume a vice-presidência da união brasileira de escritores onde permaneceu até 1986.
Como diretor da revista Vogue, Ignácio volta ao jornalismo, em 1990.
Em 1993, começa a escrever uma crônica no caderno "Cidades" de "O Estado de São Paulo" que, a partir de 2000, seria transferida para o "Caderno 2". Seu pai falece, aos 88 anos.
Em 1996 descobre um aneurisma cerebral e faz um a cirurgia.
Em 1998 publica “Sonhando com o demônio”, seu terceiro livro de crônicas.
Além das obras divulgadas há muitas mais para serem exploradas.
Suas principais obras.
Contos:Depois do sol, Brasiliense, 1965Pega ele, Silêncio, Símbolo, 1976Cadeiras proibidas, Símbolo, 1976Cabeças de segunda-feira, Codecri, 1983O homem do furo na mão, Ática, 1987O homem que odiava segunda-feira, Global, 1999
Romances:Bebel que a cidade comeu, Brasiliense, 1968Zero, Brasília/Rio, 1975Dentes ao sol, Brasília/Rio, 1976Não verás país nenhum, Codecri, 1981O beijo não vem da boca, Global, 1985O ganhador, Glogal, 1987O anjo do adeus, Global, 1995
Infanto-juvenis:Cães danados, Belo Horizonte Comunicações, 1977. Reescrito e publicado com o título "O menino que não teve medo do medo", Global, 1995.O homem que espalhou o deserto, Ground, 1989
Viagens:Cuba de Fidel: viagem à ilha proibida, Livraria Cultura, 1978O verde violentou o muro, Global, 1984
Relatos autobiográficos:Oh-ja-ja-ja (Diário de Berlim, inédito em português). Tradução de Henry Thorau. LCB, 1982Veia bailarina, Global, 1997
Cartilha:Manifesto verde, Círculo do Livro, 1985 e Ground, 1989
Crônicas:A rua de nomes no ar, Círculo do Livro, 1988Strip-tease de Gilda, Fundação Memorial da América Latina, 1995Sonhando com o demônio, Mercado Aberto, 1998
Referências bibliográficas:
http://www.releituras.com/ilbrandao_bio.asp
www.wikipedia.com
(postado por Letícia A. n°15, 6ª D)
Ariano Suassuna
Ariano Suassuna nasceu em 16 de junho de 1927, atualmente a cidade de João Pessoa, Pernambuco. O seu pai exercia o mandato de Presidente do estado, hoje equivalente a governador. Quanto Ariano Suassuna tinha 3 anos de idade, seu pai deputado federal é assassinado durante a Revolução de 1930. Ele passa grande parte da sua infância no sertão paraibano, primeiro em seu sitio e depois se mudou para Taperóa. Como forma de evitar inimigos, a família de Suassuna mudava-se constantemente. Em 1934 ele começa os seus estudos no Recife e ao terminar o curso Clássico, começa o curso de Direito em 1946 e une-se ao grupo de Teatro do Estudante Pernambuco (TEP), responsáveis pela revalorização da cultura brasileira. De 1946 a 1948 tem seus poemas publicados em revistas e suplementos de jornais. Estes poemas eram ligados ao Romanceiro Popular Nordestino, universo de poemas que inclui desde a poesia improvisada dos cantadores à Literatura de Cordel. Em 1947 escreve sua primeira peça "Uma mulher vestida de sol" e em 1951 ao voltar para Taperóa para curar do pulmão, escreve e encena, com mamulengos, “ Em Boca Fechada não Entra Mosquito” Esta peça é extremamente importante no teatro de Suassuna. Em 1955 escreve um de seus maiores sucessos "Auto da Compadecida". Em 1957 o “Auto da Compadecida” no Rio de Janeiro durante o Primeiro Festival de Amadores Nacionais, Suassuna já era considerado um dos nossos maiores dramaturgos. Esta peça foi premiada com a Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais e neste ano é publicada em livro. Neste ano ainda casa-se com Zélia Lima e tem 6 filhos com ela. Ao voltar a escrever, publica a"d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta". Já famoso, cria o Teatro Popular do Nordeste, ao lado de Emilio Borba Filho. Publicou depois "O Santo e a Porca", ele já era Membro fundador do Conselho Nacional de Cultura; Diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco e começou o movimento criação de uma arte erudita nordestina a partir de suas raízes populares. Com um concerto "Três séculos de música nordestina — do Barroco ao Armorial" — e uma exposição de gravuras, pinturas e esculturas, lança no Recife, em 18 de outubro, o Movimento Armorial. Em 1971, lançou "A Pedra do Reino" e passado um ano ele ganha Prêmio Nacional de Ficção do Instituto Nacional do Livro, No ano de 1990 ele toma posse da cadeira 32 da Academia Brasileira de Letras. Em São José do Belmonte realiza uma cavalgada sobre a Pedra do Reino no qual os participantes deveriam usar trajes como os do romance. Em 1995 é nomeado o secretário estadual da Cultura, pelo governador Miguel Arraes. No Teatro do Parque, No Recife estréia a séria "Grande Cantoria", aula que junta violeiros e repentistas. Depois a sua peça "A história de amor de Romeu e Julieta" é publicada num encarte da "Folha de São Paulo". Em 1998 participa do seu CD "A poesia viva de Ariano Suassuna". O seu grande sucesso "O Auto da Compadecida" vira uma minissérie na Rede Globo, em 1999. Ele também recebe o título de doutor honoris pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.Ele toma posse agora da cadeira 35 da Academia Paraibana de Letras. Aos 80 anos houve uma grande comemoração pelo Brasil inteiro pela magnitude de seu trabalho.
O Auto da Compadecida é uma reunião de três peças :
O enterro do cachorro,
O cavalo que defecava e
O castigo da soberba.
A peça divide-se em quatro atos que se relacionam e foi publicada em 1955. O título: Auto, significa teatro, gênero dramático, aproximando-se do teatro espanhol medieval do século XVII, com personagens alegóricos. Compadecida é aquela que tem pena, compaixão diante da dor alheia, em uma referência à Nossa Senhora. Era comum apresentar nas peças os milagres de Nossa Senhora. A história é contada em prosa. O cenário é o sertão da Paraíba, na cidade de Taperoá, contando as histórias e casos populares nordestinos. Com muito humor, o autor fala da miséria humana, da mesquinharia das pessoas, do racismo e da luta pelo poder. Revela os costumes regionais, o caráter religioso e católico dos cristãos e a amizade entre João Grilo e Chico. São dezesseis personagens, sendo João Grilo, o personagem principal. A história acontece em um picadeiro de circo. O apresentador é um palhaço, o próprio autor. Ele lembra as peças medievais e seu principal papel é criticar a sociedade. João Grilo é o herói sem caráter, símbolo da malandragem. Pode ser comparado a Macunaíma, personagem de Mário de Andrade e a Leonardo, do livro Memórias de um sargento de milícias. A linguagem é simples. Não é apenas coloquial, mistura o vocabulário nordestino pois é o Nordeste e sua gente que Ariano quer retratar. Hoje o Brasil reverencia esse paraibano que tão bem caracterizou o Nordeste, seu sertão e a luta do seu povo.
Acervo Ariano
Obras de Ariano Suassuna
Auto da compadecida
d’A pedra do reino e o príncipe do vai-e- volta
O santo e a porca
Farsa da boa preguiça
Uma mulher vestida de sol
A Moça Caetana
Links:
Ariano Suassuna
Ariano Suassuna - Wikipédia, a enciclopédia livre
Obras de Ariano Suassuna
YouTube - Ariano Suassuna no Jornal da Globo
YouTube - Astúcia - Ariano Suassuna
(postado por Alessandra n° 1 6D)