sábado, 30 de maio de 2009

Modernismo no Brasil

"A gente não quer só comida! A gente quer comida, diversão e ARTE!" (Comida, Titãs)

Modernismo Brasileiro


O Modernismo Brasileiro é um movimento de amplo espectro cultural, desencadeado tardiamente nos anos 20, influenciado por movimentos da Europa antes da Primeira Guerra Mundial - Expressionismo, Cubismo e Futurismo.
No modernismo brasileiro observa-se predominância de valores expressionistas presentes nas obras de precursores como Lasar Segall e Anita Malfatti e mais tarde a emergência do surrealismo observado na pintura de Ismael Nery e de Tarsila do Amaral. Chama atenção que a disciplina e a ordem da composição cubista constituem estrutura básica das obras de Tarsila, Antonio Gomide e Di Cavalcanti. Nos anos 20, a pintura dos modernistas brasileiros vai misturar ao “revival” das artes egípcia, pré colombiana e vietnamita, elementos do “Art Déco”.
É São Paulo o centro das idéias modernistas, encontro de jovens intelectuais com artistas plásticos, eclodindo a vanguarda modernista. Diferentemente do Rio de Janeiro, reduto da burguesia tradicionalista e conservadora, São Paulo, incentivado pelo progresso e pelo afluxo de imigrantes italianos, será o cenário propício para o desenvolvimento do processo do Modernismo. Este processo teve eventos como a primeira exposição de arte moderna com obras expressionistas de Lasar Segall em 1913, o escândalo provocado pela exposição de Anita Malfatti entre dezembro de 1917 e janeiro de 1918 e a “descoberta” do escultor Victor Brecheret em 1920. Com maior ou menor peso, estes três artistas constituem, no período heróico do Modernismo Brasileiro, os antecedentes da Semana de 22.
A Semana de Arte Moderna de 22 é o ápice deste processo que tinha como objetivo a atualização das artes, e a procura da identidade nacional. Pensada por Di Cavalcanti como um evento que causasse impacto e escândalo, esta Semana proporcionaria as bases teóricas que contribuirão muito para o desenvolvimento artístico e intelectual da Primeira Geração Modernista e o seu encaminhamento, nos anos 30 e 40, na fase da Modernidade Brasileira.
Alessandra nº01, Iris nº10

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